quinta-feira, 21 de maio de 2015


Acordei tranquilo, sem despertador, para um dia que seria de muita aventura e de realização de um sonho: andar de moto pelo maior deserto de sal do mundo, o Salar de Uyuni, que fica a 3.600m de altitude na Bolívia.

Depois de um ótimo café da manhã, sai para abastecer a moto no único posto do lugar. Estava abastecendo, o frentista já tinha me informado o valor da gasolina para estrangeiro, quando surgiu do nada um policial para conferir se estavam cobrando o valor correto. Imagino que deve existir um policial militar boliviano com essa função. E no Brasil, quem vigia a adulteração de combustíveis ou a adição de álcool na gasolina além dos 27% oficiais?

O Salar de Uyuni fica a 30 minutos da cidade e não é fácil chegar lá. Tem que ser veículo 4x4 ou moto trail. Sofri com a Capitão América, por ela ser uma moto pesada e não estar com pneus específicos para terra. Tinha muita areia fofa e costelas de vaca pelo caminho.

Pilotando bem Devagar, cheguei ao povoado de Colchani, porta de entrada do Salar, onde haviam muitos jipes parados com turistas do mundo inteiro, uns partindo outros chegando. Nas pequenas vendas do lugar se vendiam desde água a lembranças do Salar.

Entrei no Salar e acelerei de maneira inacreditável, seguindo os trilhos dos jipes. O solo estava compactado e eu conseguia andar a 110/120 km/h com tranquilidade, melhor que muito asfalto que já passei.

Cheguei onde queria em pouco tempo. Um dos objetivos dessa viagem, a foto no monumento do Dakar em pleno deserto de Sal... Urruuu!!!

Muitas fotos no monumento e também na praça das bandeiras, onde os viajantes que passaram por ali deixaram as bandeiras de seus países. Deixei a marca dos Sucuris na casa de apoio ao lado da praça das bandeiras.


Depois rodei um pouco mais, uns 40 km para dentro do deserto. Não fui mais longe porque é fácil se perder. Os jipeiros deixam marcas pelo caminho. o GPS não conseguia apontar meu caminho de volta, mesmo tendo marcado as coordenadas no povoado Colchani. Por isso não fui muito longe.
Posso dizer que foi uma experiência fantástica, quase inacreditável estar ali, acelerando uma moto em pleno deserto de sal. Com certeza um grande sonho realizado, graças a Deus.
As fotos falam por tudo que vi, mas é um lugar que não há fotos e videos que consigam transmitir o que é estar lá. Você tem que vir, escutar o silêncio absoluto e até assustador quando se pára no meio do deserto e desliga-se o motor. O branco do sal, que te exige óculos escuros. Foi uma experiência fantástica.

Como foi meu dia? Pilotei pelo maior deserto de sal do mundo.

Todos os dias da aventura foram descritas em um diário que pode ser visto nos links abaixo:

Diários:


Vídeo: